Pesquisar este blog

quinta-feira, 21 de março de 2013

Número de ambulantes atuando sem licença chega a 40 mil em Salvador

Quem nunca teve que se arriscar a andar pelo meio da rua para se esquivar de banquinhas, carrinhos ou produtos espalhados no chão? Ou ainda quem nunca precisou atravessar algumas passarelas de Salvador desviando das dezenas de bancas e as centenas de produtos à venda? Cada vez mais presente na rotina da cidade, o comércio informal é representado na figura dos ambulantes que estão espalhados por quase toda a capital baiana.
[Veja no vídeo a experiência de um pedestre na travessia da passarela do Iguatemi]
Em uma estimativa apresentada pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), existem em Salvador, aproximadamente, 11.500 trabalhadores cadastrados e cerca de 40 mil trabalhando sem licença da prefeitura. De acordo com a secretaria, nas datas comemorativas - como o Natal, esse número varia com a vinda de comerciantes de outras cidades do estado. A maior concentração dos trabalhadores ambulantes em Salvador está na Avenida Sete de Setembro, Liberdade, Calçada, Cajazeiras e nas passarelas da cidade, informa a prefeitura.
Na quinta-feira (14), a Fundação Mário Leal, ligada à Secretaria Municipal de Urbanismo e Transportes (Semut), apresentou um projeto para iniciar o ordenamento do comércio informal na Avenida Sete. Conforme o documento, os ambulantes serão instalados em doze ruas transversais ao longo da avenida - uma das mais importantes e movimentadas da capital baiana. O comércio deve ser distribuído em corredores temáticos, setorizados a partir do tipo de produto vendido. A intenção é dar mais conforto para a circulação das pessoas pela Avenida Sete. O projeto não contempla os ambulantes em passarelas.

As áreas para onde serão destinados os trabalhadores estão localizadas nas ruas Salvador Pires, Pedro Autran, Onze de Junho, Nova de São Bento, Do Cabeça e 21 de Abril; nos becos do Mocambinho, das Quebranças e da Maria Paz; além do Largo do Rosário e do Portão da Piedade.
A secretária Rosemma Maluf, gestora da Semop, informou por meio de nota que o objetivo do projeto é devolver a avenida à população, além de resgatar o aspecto turístico do local. Quanto ao início das obras, a secretaria informou que deve fazer um orçamento final e as obras devem ser feitas em parceria com outros órgãos. Ao total, 966 ambulantes devem ser contemplados.
Para Asmário Barreto, presidente da Associação dos Trabalhadores Informais de Salvador, a aprovação do projeto não contemplou os interesses dos ambulantes "Não concordamos com o que foi aprovado. As áreas que solicitamos não foram liberadas como a Rua da Forca. Vamos perder ruas que dão visibilidade para as vendas", afirmou Barreto.
Já para Marcos de Almeida, presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes da Região Metropolitana de Salvador, a decisão tomada no encontro foi positiva "Se tudo que foi mostrado na reunião, for cumprido, estaremos satisfeitos. Entendemos que não dá para instalar ambulantes na Ladeira de São Bento e na Rua Pedro Autran, por conta do fluxo de veículos. Gostamos do que foi apresentado", disse Almeida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário