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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Grupo põe fogo em colchões e destrói ala em Hospital de Custódia


Internos do Hospital de Custódia e Tratamento, na Baixa do Fiscal, em Salvador, fizeram um protesto e destruíram uma ala inteira da unidade no final da manhã desta segunda-feira (8). Segundo o major Júlio César, diretor de segurança prisional da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), os manifestantes cobram melhorias internas. A rebelião terminou por volta das 13h.
Três internos ficaram levemente feridos e receberam atendimento dentro da unidade prisional, informou a assessoria da Seap. Os homens que participaram do protesto destruíram toda a ala médica do Hospital de Custódia. Uma ambulância foi acionada para fazer o atendimento dos feridos.
De acordo com o major Júlio César, não houve reféns. Ele relata que até o início da tarde desta segunda-feira, não tinham sido identificadas as pessoas que deram início ao protesto. Os presos que receberam atendimento sofreram cortes no queixo e na mão, informou a assessoria.
A mobilização dos internos teve início quando ia começar a distribuição do almoço dos pacientes. Os homens colocaram fogo em colchões de três alas: B, C e D, completa o major. O Hospital de Custódia tem capacidade para 150 pessoas e atualmente abriga152 internos.
Viaturas do Corpo de Bombeiros, das Rondas Especias da PM (Rondesp) e do Batalhão de Choque foram até o local.
Joselita Braga tem um filho de 43 anos que é esquizofrênico e está internado há onze meses, com previsão de sair no próximo mês de maio. "Cheguei, tinha a maior fumaceira aqui. Minha filha que me ligou e avisou". A mãe do interno relatou que una funcionária saiu do hospital e informou que estavam todos bem lá dentro. "Falei com ele hoje cedo, e ele não disse nada. Estava tudo bem", acrescentou.
Por meio de nota, a Seap informou que melhorias estruturais na unidade já estão em fase de licitação na Sucab (Superintendência de Construções Administrativas), como projeto de reforma estrutural e de manutenção do hospital, incluindo recuperação elétrica, hidráulica e sanitária, substituição de janelas e esquadrias e pintura, entre outras. A reforma, avaliada em R$ 840 mil, deverá ter início no prazo de 90 dias, depois de cumprido o prazo legal licitatório.
O Hospital de Custódia e Tratamento recebe indiciados, processados e sentenciados, suspeitos ou comprovadamente portadores de doença mental ou de desenvolvimento mental incompleto ou retardo em regime fechado, em regime de internação e por determinação judicial, para perícia, custódia e tratamento.

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